Neste ano, no próximo dia 18 de junho, existe a possibilidade de uma mudança significativa na economia brasileira. Nesta data, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar sua nova decisão acerca da Selic, a taxa fundamental de juros do país.
O evento em questão não é surpresa para o investidor mais atento: trata-se da quarta reunião do Copom neste ano, seguindo o padrão usual de acontecer a cada 45 dias.
O que torna este encontro diferente dos anteriores é que, desta vez, as previsões do mercado indicam uma possível mudança na trajetória dos juros no Brasil. Após seis aumentos consecutivos, há a chance de a Selic parar de subir e manter-se constante em 14,75% ao ano.
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Fluxo Cambial do Brasil Registra Alta de US$ 345 Milhões até 13 de Junho, Informa Banco CentralSimultaneamente, o Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, também irá divulgar sua decisão sobre a taxa de juros norte-americana no mesmo dia. Surge daí o termo “Super Quarta”.
No cenário norte-americano, espera-se uma postura semelhante, ou seja, o Fed deve manter os juros dentro da mesma faixa, entre 4,25% e 4,50%, pela quinta reunião seguida.
O porquê das possibilidades de estabilidade nos juros no Brasil e nos EUA
Neste ponto, é importante ressaltar que a estabilidade dos juros nos dois países (Brasil e EUA) está inserida em contextos completamente diversos.
No Brasil, caso a esperada desaceleração nos aumentos dos juros se confirme, tal mudança pode ser explicada por uma revisão recente nas previsões de inflação para o restante do ano.
O boletim Focus divulgado na última segunda-feira (2) trouxe uma estimativa menor para o IPCA (principal índice inflacionário) acumulado em 2025, de 5,46%, um pouco abaixo das projeções anteriores, que ultrapassavam os 5,5%.
Assim, é possível que a Selic em 14,75%, seu maior patamar desde 2006, já tenha atingido o nível necessário para ensaiar um controle mais efetivo da inflação, sem a necessidade de aumentar ainda mais os juros.
Nos EUA, por outro lado, houve um período de queda nos juros em 2024, mas a estabilização da taxa nas últimas reuniões do Fed ocorreu em meio à crescente tensão da disputa comercial liderada por Donald Trump contra outros países parceiros.
Essa guerra comercial tem enfraquecido o dólar em relação a outras moedas fortes e tem gerado maior pressão inflacionária nos Estados Unidos, além de provocar instabilidade elevada nos mercados globais.
Portanto, sabemos que o impacto desses fatores geopolíticos em seus investimentos nem sempre é claro e pode gerar mais incertezas do que respostas concretas.
Aliás, muitas pessoas podem perceber a intensificação da instabilidade em seus bens em momentos como este, mas não saber exatamente como proceder nem o que aguardar da economia futuramente.
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Fonte: Money Times
