Os papéis da Circle, companhia da stablecoin USDC (USDC), começaram a ser transacionados nesta quinta-feira (5) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Logo no início, os papéis CRCL tiveram um crescimento de mais de 230% em relação ao valor inicial.
As ações, avaliadas em US$ 31, progrediram para US$ 103,75 no pico do pregão, porém o movimento foi reduzido devido às pausas por instabilidade nas operações.
O êxito da oferta inicial de ações (IPO, abreviação em inglês) é principalmente atribuído ao crescente interesse em bens digitais e moedas virtuais, em meio aos últimos picos de valor dobitcoin (BTC), que impulsionaram uma valorização do mercado como um todo.


Adicionalmente, a oferta tende a incentivar outras organizações a lançarem ações na bolsa, segundo análises feitas pela Reuters.
Estabelecida em 2013 por Jeremy Allaire e Sean Neville, a Circle emite o USDC, uma criptomoeda com paridade com o dólar dos Estados Unidos e a segunda maior stablecoin do globo em valor de mercado, depois da Tether.
Além do USDC, a Circle também distribui a criptomoeda estável EURC, uma stablecoin em euro.
Allaire, de 53 anos, comanda a Circle desde o início. Anteriormente, atuou como cofundador e CEO da empresa de tecnologia de streaming Brightcove.
Cenário propício para a Circle
Vale lembrar também que o entusiasmo dominou o setor de ativos digitaiscom a ascensão de Donald Trumpà presidência dos Estados Unidos, adotando uma abordagem regulatória mais favorável à área.
Recentemente, diversas empresas têm incluído criptomoedas em seus portfólios para lucrar com a valorização dos tokens. Aqui no Brasil, quem lidera esse movimento é oMéliuz (CASH3).
Da mesma forma, a aprovação do projeto de lei Genius Act, que normatiza o setor de stablecoins, pode acelerar ainda mais a adoção desse modelo de criptomoedas, cada vez mais utilizadas como meio de pagamento eletrônico.
Isso se dá pelo fato de que os meios de pagamento eletrônico não são tão difundidos nos Estados Unidos quanto no Brasil. Enquanto o PIX é o meio de pagamento mais popular por aqui, lá o cheque ainda é muito empregado.
Fonte: Money Times