Maio trará as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil como destaque. No Brasil, a decisão do Copom do Banco Central está prevista para a próxima quarta-feira (7) após o fechamento dos mercados.
Os especialistas do banco C6 projetam um aumento de 0,50 ponto percentual na Selic, elevando-a para 14,75% ao ano, mantendo o ritmo de ajustes na taxa básica de juros. Na última reunião, em março, a Selic subiu 1 ponto percentual, de 13,25% para 14,25%.
Os analistas do banco acreditam que o Comitê do BC não indicará os próximos passos da política monetária. Em comunicado pré-decisão do Copom, a equipe mencionou o tom mais prudente adotado pelos diretores do Banco Central.



“Os diretores notaram o aumento da incerteza no cenário internacional e sugeriram que não seria sensato comprometer-se com novos aumentos. Acreditamos que o Copom deixará em aberto a próxima decisão sobre os juros”, acrescentou a equipe.
Os analistas do C6 Bank apontaram poucas alterações nas variáveis que influenciam a inflação desde a última reunião: a projeção do IPCA no Boletim Focus caiu de 5,7% para 5,6% em 2025 e permaneceu em 4,5% em 2026.
“As expectativas inflacionárias continuam altas e acima da meta estabelecida [de 3%]. Dada a sensibilidade dos modelos do Banco Central, acreditamos que as projeções de inflação para o período relevante permanecerão inalteradas”, afirmou a equipe do banco.
De acordo com o Boletim Focus, a taxa de câmbio teve uma leve valorização, passando de R$ 5,80 para R$ 5,70 este ano nos últimos 45 dias, e a projeção da taxa de juros se manteve em 15%.
Os economistas do C6 Bank preveem que o ciclo de ajuste da Selic continuará até junho, com os juros em 15% ao ano. Eles também esperam que a taxa permaneça nesse nível até o final de 2026. “No entanto, não descartamos a possibilidade de uma taxa menor, dadas as incertezas no cenário internacional”, complementou a equipe.
Fonte: Money Times