O Banco Central (BC) elevou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional para 2025 de 1,9% para 2,1%, conforme o Relatório de Política Monetária (RPM) disponibilizado nesta quinta-feira (26).
A alteração refletiu a surpresa “ligeiramente favorável” no desempenho do primeiro trimestre e uma nova melhoria na estimativa da produção agrícola no ano.
Além disso, a previsão considera o aumento acima do previsto no mercado de trabalho no início do segundo trimestre e algum efeito das alterações no crédito consignado para colaboradores do setor privado sobre o consumo e o PIB.



A entidade destaca, no entanto, que a previsão de menor ampliação da economia global contribui para um crescimento interno reduzido. “Mesmo com o ajuste positivo na previsão de crescimento do PIB em 2025, mantém-se a projeção de abrandamento da atividade econômica ao longo do período atual e do segundo semestre”, declara.
A moderação aguardada decorre da manutenção de uma política monetária restritiva, da baixa capacidade ociosa dos fatores de produção, da previsão de desaceleração do crescimento mundial e da diminuição do estímulo da agropecuária registrado no primeiro trimestre.
A estimativa do BC é menos positiva do que a do Ministério da Economia — que projeta crescimento de 2,4% para o PIB este ano. A previsão, inclusive, fica abaixo da do mercado, que estima uma expansão de 2,21% em 2025, segundo o Boletim Focus.
Índice de Preços e Taxa Selic
O BC ressaltou que os prognósticos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 e 2026 diminuíram ligeiramente, apesar de as expectativas de mercado para prazos mais extensos continuarem desconexas e sem sinais de melhoria.
Conforme a entidade, os preços dos últimos três meses foram impulsionados por uma atividade econômica mais intensa do que a prevista. Por outro lado, a valorização do real e a queda dos valores do petróleo atuaram como fatores desinflacionários.
O relatório indica que a chance de a inflação ultrapassar o limite máximo da meta neste ano é de 68%, um pouco abaixo dos 70% projetados em março. Para 2026, a estimativa caiu de 28% para 26%.
ata do Comitê de Política Monetária, sinalizando a antecipação de uma pausa no ciclo de elevação da Selic. O propósito é examinar os efeitos do aperto já implementado e verificar se a manutenção da taxa básica em 15% ao ano, por um tempo prolongado, será suficiente para recolocar a inflação dentro da meta.
Fonte: Money Times