O chefe Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo o preferido para ganhar as eleições de 2026, afirmou o diretor-geral da BR Partners (BRBI11), Ricardo Lacerda, em entrevista no Money Minds, um programa de entrevistas do Money Times.
“Ele está firmemente posicionado, possui uma vasta bagagem, foi eleito e reeleito várias vezes, detém um índice de aprovação que, no meio do mandato, já foi observado em outros presidentes que foram reeleitos”, declarou.
Recentemente, uma pesquisa divulgada pela MDA indicou que mais eleitores estariam inclinados a votar em Jair Bolsonaro ou em um candidato apoiado por ele do que em Lula.
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Enquanto isso, no meio econômico, há uma crescente expectativa por uma possível mudança de liderança em 2026, com a eleição de um candidato mais alinhado aos interesses financeiros.
Entre os especialistas em economia, o atual presidente tem sido alvo de críticas por não apresentar uma agenda clara de redução de despesas e ajuste das finanças públicas.
“É claro que ocorreu uma certa queda na popularidade do presidente, mas vale ressaltar que, em outros governos, muitas vezes o presidente, nesta etapa do mandato, sofre uma queda natural em sua popularidade, que depois é recuperada”, afirmou.
O mesmo levantamento da MDA indicou que o governo conseguiu estancar a queda na avaliação. Aqueles que consideram a administração como ruim ou péssima passaram de 40,4% para 44% na pesquisa anterior.
Lula 4 sem Haddad?
Ricardo Lacerda também foi indagado sobre a possibilidade de uma reeleição de Lula sem a participação do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Fernando Haddad enfrenta desafios dentro do próprio governo. Seu nome está sendo considerado para concorrer a uma vaga no Senado por São Paulo e está bem posicionado nas pesquisas.
“Dentro do espectro político do presidente Lula, considerando as outras opções disponíveis, a situação poderia ser bem pior”, avaliou Lacerda.
Além disso, Lacerda ressaltou que existe um componente estrutural de deterioração fiscal que foge ao controle do governo.
“Estamos presenciando um agravamento das finanças públicas em diversos países, devido ao aumento da expectativa de vida, à aposentadoria precoce, à diminuição da mão de obra e à redução da arrecadação em algumas nações”, explicou.
Lacerda também lembrou que, desde o governo Fernando Henrique, o déficit fiscal vem aumentando e a dívida em relação ao PIB tem crescido, com poucos intervalos de melhora.
“Não se pode atribuir a culpa ao ministro Haddad, ao presidente Lula, a este governo ou ao anterior. É uma tendência que segue nessa direção”, destacou.
Entretanto, há um problema mais conjuntural, “que eu atribuo mais à propensão ao gasto deste governo”, acrescentou.
“Caso seja reeleito, esperamos que ele continue e, talvez, com um novo mandato, tenha mais poder de negociação com o Congresso para implementar as medidas estruturais necessárias para melhorar um pouco essa situação fiscal.”
Fonte: Money Times
