A aquisição chinesa de soja proveniente do Brasil expandiu-se 9,2% em junho em comparação com o exercício anterior, conforme indicam informações aduaneiras veiculadas nesse domingo, incentivada por uma safra vigorosa e pela disputa comercial entre China e Estados Unidos em andamento, enquanto os estoques norte-americanos cresceram 21%.
O principal adquirente mundial de soja importou 10,62 milhões de toneladas métricas da leguminosa brasileira no último mês, ou 86,6% da soma das importações, em confronto com 9,72 milhões de toneladas no mesmo intervalo temporal do ano precedente, segundo informações da Administração Geral das Alfândegas.
As chegadas oriundas dos EUA em junho atingiram 1,58 milhão de toneladas, equivalendo a aproximadamente 12,9% do total mensal, superando as 1,31 milhão de toneladas do ano anterior.


As importações chinesas de soja atingiram a marca recorde de 12,26 milhões de toneladas métricas no mês de junho.
“O incremento anual nas aquisições de junho reflete primariamente um atraso em relação a abril, decorrente da morosidade nos trâmites alfandegários, ao passo que o avanço de janeiro a junho é impulsionado pela grande colheita de soja 2024/25 no Brasil”, declarou Liu Jinlu, analista agrícola da Guoyuan Futures.
De janeiro a junho, as importações chinesas provenientes do Brasil totalizaram 31,86 milhões de toneladas, apresentando redução de 7,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O volume total de chegadas dos EUA no primeiro semestre do ano atingiu a marca de 16,15 milhões de toneladas, refletindo aumento de 33% em relação ao ano precedente, de acordo com os dados.
É provável que a entrada de soja na China mantenha-se elevada no terceiro trimestre, ao passo que as importações no quarto trimestre dependerão do desfecho das negociações comerciais entre os EUA e a China, conforme observações de negociantes e analistas.
Fonte: Money Times