Quem supôs que o tema tarifário dos Estados Unidos (EUA) estava prestes a ser resolvido estava equivocado. Oficialmente, o cessar-fogo de 90 dias nas taxas mais elevadas terminaria nesta quarta-feira (9), no entanto, Donald Trump prorrogou tal prazo.
O presidente dos EUA fixou como novo prazo para as taxas recíprocas o dia 1º de agosto. A partir desse momento, os tributos devem entrar em ação para praticamente todos os parceiros comerciais.
Ele ainda declarou que fará um comunicado relativo ao comércio com ao menos sete países na manhã de hoje e que outros nomes serão revelados à tarde.



“Estaremos revelando um mínimo de sete países relacionados ao comércio, amanhã de manhã, com um número adicional de países sendo revelado à tarde”, mencionou Trump em sua rede social, sem especificar se trata-se de novos pactos comerciais ou de medidas tarifárias.
Adicionalmente, ontem (8), Trump anunciou uma taxa de 50% sobre o cobre importado e ressaltou que novas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos serão implementadas em breve.
Ele também reforçou as ameaças tarifárias ao Brics — grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que possui Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos como membros desde o ano passado.
No campo da política monetária, o chair Jerome Powell afirma que o Federal Reserve (Fed) necessita aguardar os impactos das tarifas sobre a economia — que deveriam ser observados nos dados de junho e julho — antes de retomar os cortes de juros.
Neste dia, também será liberada a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), momento em que os diretores mantiveram os juros inalterados justamente para observar as consequências das tarifas.
A nova etapa da guerra comercial, porém, aumenta a incerteza. As novas medidas anunciadas por Trump incrementam a instabilidade e reforçam a postura de cautela do banco central norte-americano.
Brasil
Neste contexto, apesar de ser feriado, a operação do Ibovespa (IBOV) não será interrompida. Isso ocorre pelo motivo de que a Revolução Constitucionalista de 1932 não é uma data festiva nacional, mas sim estadual. Dessa forma, a B3 manterá suas negociações funcionando normalmente.
O mercado de empréstimo de ativos, compensação, liquidação de operações e movimentação de garantias na Câmara B3 e na Câmara de Câmbio, além da Central Depositária de Renda Variável B3, Balcão B3, negociação e liquidação de títulos públicos do Tesouro Direto, e Infraestrutura para Financiamento B3 seguirão operando regularmente.
IPCA) referente ao mês de junho, que será publicado amanhã (10).
Já no âmbito empresarial, a Cyrela (CYRE3) divulgou seus dados preliminares do segundo trimestre de 2025 (2T25), apontando indícios de que o período foi favorável para o setor da construção civil. A empresa quase triplicou o Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos em relação a 2024 — foram 17 empreendimentos lançados entre abril e junho, ante nove no ano passado.
Petróleo
O petróleo registra alta nesta manhã, com o preço da matéria-prima próximo a US$ 70 o barril.
Criptomoedas
As criptomoedas têm um dia positivo. O bitcoin (BTC) está avaliado em US$ 108,814.70, com um aumento de 0,12%. Enquanto o ethereum (ETH) apresenta um acréscimo de 2,1%, sendo negociado por US$ 2,616.46.
Ibovespa
No pregão anterior, o Ibovespa teve mais uma jornada de baixa em meio à continuidade da aversão ao risco no exterior com incertezas sobre as políticas tarifárias dos EUAe novas ameaças do presidente Trump ao Brics.
No último dia, o principal índice da bolsa brasileira recuou 0,13%, para 139.302,85 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações em R$ 5,4458, com uma queda de 0,58%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, por outro lado, registrou alta de 1,01% no after-market de ontem, cotado a US$ 29,00.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (9)
Bolsas asiáticas
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Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times