Neste dia, o secretário do Tesouro, Fernando Haddad, disse que há “muitas coisas positivas ocorrendo” que podem levar o Banco Central a começar a relaxar a política monetária. Em uma entrevista à GloboNews, ele afirmou: “Temos um ótimo percurso pela frente”.
Haddad mencionou a redução da inflação atual e ressaltou a queda nos preços dos alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio. Pela primeira vez em nove meses, o grupo de alimentos e bebidas registrou uma diminuição de -0,02%.
Além disso, ele afirmou que “o câmbio vai colaborar” para possibilitar a diminuição da taxa de juros no Brasil. Vale destacar que a moeda americana caiu abaixo de R$ 5,50 nos últimos dias.


O ministro também comentou possíveis cortes de juros nos Estados Unidos (EUA). Embora o Federal Reserve (Fed) mantenha uma postura de espera, as projeções econômicas divulgadas pelo banco central indicam que os diretores preveem uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa até o final deste ano.
“Não vejo mais margem para aumentar a taxa de juros. Por quanto tempo a Selic permanecerá nesse patamar?”, questionou.
Haddad também afirmou, em uma entrevista, que o Banco Central terá que “ajustar o timing do ciclo de redução”.
A instituição, por outro lado, tenta evitar qualquer precificação de taxas menores e, inclusive, sugeriu que poderá retomar o aperto monetário ao anunciar a pausa na semana passada.
Os diretores afirmaram que irão avaliar os impactos acumulados dos ajustes já realizados e indicaram a manutenção das taxas no atual nível de 15% ao ano por um período “consideravelmente prolongado”.
No evento realizado pelo Barclays hoje, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, mencionou que a desvinculação das expectativas de inflação do mercado requer taxas elevadas por um longo período.
Fonte: Money Times