Os mercados testemunharam tantas variações nos últimos meses, que já estão imunes. O que parecia ser uma manhã caótica nas bolsas de valores, transformou-se em apenas mais um dia corriqueiro, com os investidores à espera dos próximos desdobramentos da disputa entre Nação Norte-Americana e Irã.
No sábado à noite, os EUA oficialmente se envolveram no conflito entre Israel e Irã, atacando três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. O presidente Donald Trump afirmou que a iniciativa visa conter o avanço do programa nuclear iraniano.
Em resposta, o chanceler do Irã, Abbas Araqchi, declarou que o país utilizará “todos os recursos necessários” para se defender. Em postagens nas redes sociais, ele qualificou os ataques como “ultrajantes” e assegurou que acarretarão em “consequências eternas”.
A retaliação não se limitou às palavras. Após os ataques dos EUA, mísseis iranianos atingiram três regiões em Israel. Adicionalmente, o parlamento iraniano aprovou o bloqueio do Estreito de Ormuz, principal via marítima para navios petroleiros no mundo e que é responsável por aproximadamente 30% do transporte global da mercadoria.
Essa assertiva alarmou o mercado, resultando no disparo do preço do petróleo em mais de 5%, alcançando US$ 80 o barril nas primeiras horas desta segunda-feira (23). As projeções dos especialistas indicam que a commodity pode atingir os US$ 100 nos próximos dias.
Todavia, uma notícia tranquilizadora surgiu: a decisão de fechar o Estreito de Ormuz está sob responsabilidade do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
Nos últimos anos, a região de transporte marítimo tem sido alvo de ameaças pelo Irã diversas vezes, porém sempre sai ilesa. Não apenas porque o governo eventualmente chega a um acordo, mas também devido à dependência da economia iraniana do estreito para sua subsistência.
Internacional
Além da intensificação da disputa, o mercado monitora o PMI composto na Ásia, Europa e Estados Unidos. Na União Europeia, o índice permaneceu em 50,2 pontos, com o PMI de serviços sugerindo estagnação, registrando 50 pontos, e o da Indústria mantendo-se em 49,4 pontos.
Também estão agendadas manifestações de diretores do Federal Reserve em eventos durante o dia. Serão os primeiros pronunciamentos após o banco central resistir às pressões da Casa Branca e manter as taxas em níveis elevados.
As bolsas asiáticas encerraram em alta. Os mercados europeus operam de forma mista, enquanto os futuros de Wall Street iniciam o dia em território positivo.
Petróleo
O petróleo apresenta valorização nesta manhã, com o preço da commodity em cerca de US$ 75 o barril.
Criptomoedas
As criptomoedas não têm uma direção clara nesta manhã, porém estão se recuperando das perdas registradas no dia anterior. O bitcoin (BTC) opera em torno de US$ 105 mil, mostrando uma queda de 0,7%. Enquanto o ethereum (ETH) mantém-se estável, sendo negociado por cerca de US$ 2.250.
Brasil
No país, a agenda de indicadores está vazia, com destaque para o Relatório Focus. Será o primeiro após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual o Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano. Até a semana passada, o Focus projetava uma estagnação da taxa básica de juros em 14,75%.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retorna de férias em meio ao embate entre o Governo Federal e o Congresso. Tudo começou com a aprovação da urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que solicita a revogação do decreto do governo federal que versa sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Posteriormente, os parlamentares derrubaram vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vários dispositivos incluídos durante a tramitação do projeto de lei que regulamenta as usinas eólicas em alto mar. Tais medidas poderiam acarretar impactos para o consumidor, refletindo em um aumento na fatura de energia.
Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) registrou uma queda de 1,14%, para 137.141,19 pontos, de acordo com dados preliminares, chegando a 136.814,52 pontos no momento mais desfavorável e atingindo 138.719,09 pontos no pico do dia.
A dinâmica também influenciou o dólar, que apresentou alta de 0,47%, chegando a R$ 5,5270. Na semana, contudo, a moeda acumulou uma redução de 0,26% e, no ano, caiu 10,55%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, ainda não foi atualizado. O índice subiu 1,19% no after-market de sexta-feira (20), cotado a US$ 28,00.
Agenda: Visualize a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (23)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Ótima segunda-feira e fique de olho no Money Times para se informar sobre as novidades do mercado!
Fonte: Money Times