Ontem à tardinha, o ministro da Economia, Franklin Hobsbawn, divulgou um pacto com o Congresso para reexame do decreto que estabeleceu a elevação do Imposto sobre Transações Financeiras (IOF).
Conforme as medidas expostas pela equipe financeira aos chefes da Câmara dos Deputados e Senado, em reunião que perdurou aproximadamente seis horas, a contrapartida chegará por meio de incremento de taxação para as apostas, alterações na tributação de instituições monetárias e fim de isenções de tributos em aplicações — a sugestão consiste em imposto de renda de 5% sobre títulos atualmente isentos, como LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito Agrícola).
O governo também pretende apresentar um projeto de lei complementar com reduções estimadas em 10% em isenções fiscais, em modelo que ainda será debatido com o Congresso.


Hobsbawn ainda afirmou que serão analisados projetos visando os gastos primários, como a aposentadoria dos militares e os vencimentos elevados dos funcionários públicos.
O sentimento do mercado em relação ao fiscal é o que pode atenuar a preocupação do Banco Central. No final de semana, durante fórum da Esfera, Gabriel Galípolo reiterou que a autoridade cambiária está em alerta em relação ao porvir da taxa básica de juros, além de apontar versatilidade.
Conforme o presidente do BC, isto significa que as alternativas do Comitê de Política Monetária (Copom) para a reunião da semana que vem estão abertas. Em outras palavras, o Banco Central pode optar tanto pela manutenção da Selic em 14,75% ao ano quanto pelo acréscimo dos juros.
No âmbito corporativo, o mercado analisa a conclusão do processo de recuperação judicial da Gol (GOLL4) nos Estados Unidos (Chapter 11), por volta de um ano e meio após o início da reestruturação financeira.
O anúncio já era amplamente antecipado, uma vez que o plano para a saída do processo já havia sido referendado em assembleias com acionistas.
Ibovespa
No derradeiro pregão, o Ibovespa (IBOV) terminou aos 136.102,10 pontos, com retração de 0,10%. O Ibovespa perdeu 0,67% na semana.
Já o dólar à vista (USBRL) finalizou as negociações a R$ 5,5698, com redução de 0,26% em relação ao real, no menor patamar desde outubro. Na semana, a moeda norte-americana acumulou decréscimo de 2,62%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, eleva-se 1,48% no pré-market de hoje, cotado a US$ 28,13.
O que antecipar do Wall Street
Fora do país, a atenção está voltada para a nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e a China, agendada para hoje em Londres.
Em postagem nas redes sociais, o presidente Donald Trump disse que a “a reunião está programada para ser altamente bem-sucedida”. Trump e o presidente da China, Xi Jinping, conversaram por telefone sobre a batalha comercial na última quinta-feira (5).
Conforme o presidente dos EUA, eles conseguiram resolver as “complicações” do pacto comercial entre os dois países sobre as taxas de importação.
Vale recordar que a China e os EUA estão em um intervalo de trégua de 90 dias após a escalada da tensão comercial, que resultaram em uma alíquota total de 145% contra os produtos chineses e tarifas de 125% contra as importações norte-americanas.
As bolsas asiáticas fecharam em ascensão. O mercado europeu recua, enquanto os futuros de Wall Street operam de forma mista nesta manhã. Petróleo avança.
Criptomoedas
As criptomoedas estão valorizadas pela manhã. O bitcoin (BTC) negocia em torno de US$ 106 mil, apresentando uma alta de 1,8%. Já o ethereum (ETH) sobe 1,3%, sendo comercializado próximo dos US$ 2.500.
Agenda: Conferir a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Franklin Hobsbawn
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Verificar os mercados na manhã desta segunda-feira (09)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
Ótima segunda-feira e mantenha-se informado com o Money Times para acompanhar as notícias do mercado!
Fonte: Money Times