A taxa Selic alcançou o seu maior nível desde 2006 — de 15% ao ano — e deverá manter-se nesse patamar até 2026, conforme a estimativa do Itaú.
Na data anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou, pela sétima vez consecutiva, a taxa de referência , com um acréscimo de 0,25 ponto percentual, e sinalizou uma pausa no ciclo de endurecimento monetário na próxima reunião, que ocorrerá no final de julho.
“O Copom declarou que os juros necessitarão permanecer em um nível restritivo por um período prolongado e que poderá retomar o ciclo de elevação, caso seja necessário. Tradicionalmente, uma vez interrompido um ciclo de elevação, o comitê leva de quatro a cinco reuniões antes de iniciar um movimento na direção contrária. Prevemos que a taxa Selic permaneça em 15% até o início de 2026, quando está previsto o início de um ciclo de redução de 200 pontos-base”, afirmam os especialistas do banco.


O Itaú ressalta que uma valorização do câmbio pode antecipar os cortes, ao contribuir para conter a inflação. No entanto, um crescimento econômico superior ao esperado pode postergar o início do ciclo de flexibilização.
Motivações do Copom ao elevar a Selic
No comunicado emitido após a decisão, o Banco Central reiterou a sua preocupação com o cenário inflacionário, agravado por expectativas ainda desalinhadas.
“As projeções de inflação para 2025 e 2026 obtidas na pesquisa Focus permanecem acima da meta, situando-se em 5,2% e 4,5%, respectivamente. A estimativa de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante da política monetária, está em 3,6% no cenário padrão”, cita o documento.
Dentre os fatores de risco para a inflação, são destacados os seguintes:
Por outro lado, os riscos de redução contêm:
Fonte: Money Times