O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou aumento de 0,26% em julho — uma pequena aceleração em comparação com a elevação de 0,24% vista em junho.
O valor observado ficou abaixo das previsões do mercado, que esperava um aumento de 0,35%, de acordo com a mediana das projeções feitas pelo Money Times.
O desempenho mensal foi impactado pela despesa com energia elétrica residencial, que teve a maior influência individual no índice, de 0,12 ponto percentual (p.p.), assim como em maio e junho.




No mês de julho, a bandeira tarifária vigente continua sendo a vermelha no patamar 1, que adiciona R$ 4,46 na fatura de luz a cada 100 KWh consumidos. Além disso, o aumento é reflexo de ajustes em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), o IPCA apresenta acréscimo de 3,26% no ano de 2025.
No acumulado dos últimos 12 meses, a cifra atinge 5,23%. A estimativa prevista pelo mercado era de 5,34%.
A taxa de inflação permanece superior à meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
Os setores do IPCA
Além do custo com energia elétrica, houve reajuste no grupo habitação (+0,91%), com aumento nas tarifas de água e esgoto (0,13%) em algumas regiões.
Por outro lado, no grupo de despesas pessoais (+0,76 %), registrou-se a segunda maior variação e impacto no mês. O crescimento foi impulsionado pelo aumento nos jogos de sorte (+11,17%).
Os custos com transportes tiveram aumento em julho (+0,35%), especialmente devido ao acréscimo nas passagens aéreas (19,92%). Os combustíveis, por sua vez, apresentaram queda de 0,64%, com redução nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).
No setor de saúde e cuidados pessoais (+0,45%), destacam-se os aumentos nos produtos de higiene pessoal (+0,98%) e nos planos de saúde (+0,35%).
Por outro lado, os segmentos de alimentação e bebidas (-0,27%) e vestuário (-0,54%) apresentaram queda.
O setor de alimentação e bebidas teve seu segundo mês seguido com resultados negativos, influenciado principalmente pela baixa nos preços dos alimentos em casa (-0,69%), com destaque para a batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora de casa aumentou para 0,87%, sobretudo devido aos lanches (+1,90%).
No vestuário, as quedas mais significativas foram nas roupas femininas (-0,98%) e masculinas (-0,87%).
Outras variações e impactos no IPCA de julho incluem: artigos de residência (+0,09%), educação (+0,02%) e comunicação (-0,09%).
Fonte: Money Times