O custo de vida no Brasil tende a acelerar novamente em julho, refletindo o aumento dos serviços e dos preços controlados.
A estimativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que será apresentado nesta sexta-feira (25), aumente de 0,26% em junho para 0,31% neste mês, conforme a média das previsões reunidas pelo Money Times. Em um período de 12 meses, a prévia da elevação de preços deve encerrar em 5,28%.
A Warren — que prevê uma elevação de 0,29% no índice — aponta que, nos serviços, o enfoque estará na viagem aérea, cuja mudança deverá ser de 10%. Também são aguardados pequenos aumentos de 0,09% na instrução, frente à valorização de 0,02% informada anteriormente.
Além disso, o conjunto de gastos pessoais representa um risco ascendente adicional devido ao reajuste nos preços dos jogos de azar promovido pela Caixa Econômica Federal. “Esse acréscimo já será refletido no IPCA-15 de julho, para o qual projetamos um acréscimo de 2,15%, em contraste com a estabilidade registrada em junho”, afirmam.
Especialistas destacam que aluguel e taxa de condomínio também tendem a impactar o índice.
Por outro lado, observa-se uma nova redução nos alimentos em casa, com diminuição estimada de 0,25% no mês. “A principal contribuição para essa queda deve vir, mais uma vez, dos alimentos frescos, que continuam em tendência de baixa. São notáveis as quedas nos produtos hortifrutigranjeiros e a estabilidade nos valores das carnes”.
O grupo de saúde e higiene pessoal tende a registrar uma desaceleração significativa, devido à valorização do real em relação ao dólar e aos valores no atacado (IPA). Após uma elevação de 0,29% no IPCA-15 de junho, prevê-se um pequeno aumento de 0,06% nesta medição.
No quesito planos de saúde, a expectativa é de uma variação mais moderada nesta medição — aumento de 0,32% —, devido a um ajuste técnico para compensar a demora na divulgação do reajuste anual pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A média dos núcleos também deve apresentar um comportamento satisfatório, saindo de 0,32% em junho para 0,26% em julho. Essa movimentação é crucial para reforçar a tendência de desaceleração da elevação de preços a médio prazo.
A Warren analisa que o IPCA segue controlado, com aspectos positivos provenientes da prolongação da queda nos alimentos em casa e da desaceleração nos núcleos. Para o final de 2025 e 2026, suas projeções indicam uma inflação de 4,9% e 4,5%, respectivamente.
Fonte: Money Times