O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve um incremento de 0,64% neste mês de março, conforme comunicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje, 27 de março. Essa informação aponta um abrandamento em comparação com o aumento de 1,23% verificado em fevereiro.
A antecipação da inflação apresenta um acréscimo de 1,99% no ano e de 5,26% durante doze meses. No mês anterior, esses valores eram de 1,34% e 4,96%, respectivamente.
O total acumulado do IPCA-15 neste ano permanece superior ao limite máximo da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O objetivo é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para menos ou para mais.


Os principais impactos neste período foram observados nos setores de Alimentação e bebidas, com um aumento de 1,09% e uma influência de 0,24 p.p., e Transportes, que registrou 0,92% e 0,19 p.p.
O IPCA-15 ficou abaixo das projeções do mercado. A previsão era de que o índice desaceleraria para 0,68% neste mês e alcançaria 5,30% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.
Os grupos do IPCA-15
Neste mês, todos os nove conjuntos de produtos e serviços investigados registraram resultados positivos.
No segmento de Alimentação e Bebidas (1,09% e 0,24 p.p.), o item alimentação no lar cresceu 1,25% em março, abaixo do desempenho de fevereiro (0,63%). Tiveram impacto positivo o ovo de galinha (19,44%), o tomate (12,57%), o café moído (8,53%) e as frutas (1,96%).
Ademais, a alimentação fora de casa aumentou de 0,56% para 0,66%. Isso se deve ao fato de que a refeição apresentou alta (0,62%, em relação a 0,43% em fevereiro). Já o lanche (0,68%) teve uma variação menor do que a do mês anterior (0,77%).
Outro destaque positivo ocorreu em Transportes, onde o principal contribuinte foi os combustíveis (1,88%), com elevação nos preços do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%), da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%). No mês, o transporte ferroviário também teve um incremento de 1,90% — isso devido ao aumento de 7,04% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,25%), em vigor desde 2 de fevereiro.
Além disso, o transporte rodoviário intermunicipal (0,46%) teve um aumento médio de 14% em Porto Alegre (4,99%), valendo a partir de 1º de fevereiro.
No tocante a Despesas pessoais (0,81%), o destaque foi para o cinema, teatro e concertos (7,42%) — impulsionado pelo término da semana do cinema em fevereiro.
Por fim, outra contribuição significativa em março veio do setor de Habitação (0,37%), influenciado pela energia elétrica residencial (0,43%), que incluiu o reajuste de 1,37% em uma das empresas do Rio de Janeiro (-0,12%). A diminuição ocorreu devido à redução na alíquota do PIS/COFINS.
Adicionalmente, a variação negativa no item gás encanado (-0,51%) foi pressionada pelos reajustes tarifários implementados a partir de 1º de fevereiro no Rio de Janeiro (-0,92%), com diminuição média de 1,55%, e em Curitiba (-1,79%), com redução de 3,01%.
Fonte: Crypto Money