Os impostos mútuos instaurados por Donald Trump em abril voltaram a afetar os mercados globais.
Formalmente, o prazo de 90 dias para as alíquotas mais elevadas termina nesta quarta-feira (9). No entanto, o líder dos Estados Unidos pode prolongar essa data. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump planeja assinar um decreto adiando o início dos impostos de 9 de julho para 1º de agosto, para os países que ainda não estabeleceram acordos comerciais com os EUA.
Até o momento, somente o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos completos. Um compromisso com a China sobre minerais raros também foi anunciado, porém ainda sem consenso em relação aos impostos.
Ontem, Trump deixou os investidores em estado de alerta ao ameaçar as nações que se alinharem ao Brics com taxa extra de 10%, após os líderes do bloco rejeitarem o aumento unilateral de tarifas que “distorce o comércio”.
Além disso, em comunicados enviados a 14 países — incluindo Japão, Coreia do Sul e Sérvia — Trump afirmou que deseja impor taxas entre 25% e 40% a partir de 1º de agosto.
Internacional
No cenário global, os mercados absorvem a decisão de Trump de postergar para 1º de agosto o início das tarifas comerciais. Apesar do tom mais rígido e das ameaças adotadas pelo presidente norte-americano, a extensão do prazo trouxe um alívio temporário aos investidores.
As bolsas asiáticas encerraram em alta, refletindo a trégua momentânea no conflito comercial. Enquanto isso, os mercados europeus operam sem uma direção clara. Em Wall Street, os índices futuros apresentam desempenho misto.
Petróleo
O petróleo recua, com o valor da commodity próximo a US$ 70 o barril.
Criptomoedas
As criptomoedas têm uma manhã negativa. O bitcoin (BTC) flutua em torno de US$ 108 mil, registrando uma queda de 0,02%. Enquanto o ethereum (ETH) cai 0,4% e é negociado a US$ 2.500.
Brasil
Por aqui, o foco da agenda econômica é a divulgação das vendas no varejo de maio, dado significativo para avaliar o ritmo da atividade.
No âmbito político, o apoio de Donald Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro gerou repercussões em Brasília. Segundo a Folha de S. Paulo, o STF optou por não responder oficialmente ao post do presidente dos EUA, avaliando ser uma manifestação com caráter político e que não necessita de uma reação institucional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil é soberano e não aceita intervenções externas.
No setor corporativo, começam a ser divulgados os resultados preliminares do segundo trimestre (2T25) das construtoras. A Cury (CURY3) registrou apenas um lançamento a mais que o número do ano anterior, mas o potencial de vendas aumentou mais de 28%.
De acordo com a empresa, foram realizados nove lançamentos entre abril e junho deste ano, em comparação com oito no segundo trimestre de 2024 (2T24). Entretanto, o Valor Geral de Vendas (VGV) cresceu 28,3% na mesma comparação, atingindo R$ 2,2 bilhões.
Ibovespa
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) encerrou o dia com uma queda de 1,26%, chegando aos 139.489,70 pontos.
Já o câmbio à vista (USBRL) encerrou as negociações em R$ 5,4778, registrando um aumento de 0,98%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, caiu 0,14% no after-market de ontem, cotado a US$ 28,56.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta terça-feira (8)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado aberto)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times