Se o governo federal alcançar a meta fiscal, o Banco Central terá mais autonomia para justificar uma redução na taxa Selic, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma entrevista divulgada hoje, enfatizando que o nível atual dos juros é considerado “extremamente restritivo”.
Haddad reafirmou a necessidade de o governo se esforçar para alcançar a estabilidade fiscal e evitar que o Banco Central mantenha as taxas em um patamar “insuportável”.
Haddad também mencionou que o atual nível da Selic é justificado temporariamente, mas pode ter impactos negativos se permanecer em um nível tão elevado por um longo período. “Qualquer medicamento se torna veneno dependendo da dosagem”, acrescentou.


Em junho, o Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15,00% ao ano, e destacou que prevê uma pausa no ciclo de aumento de juros, sugerindo que a taxa deve permanecer inalterada por um “período bastante extenso”.
Fonte: Money Times