O dia seguinte à elevação das taxas alfandegárias pelo governo de Donald Trump transcorreu de forma mais tranquila do que previsto no mercado financeiro. A cotação do dólar comercial aproximou-se de R$ 5,60 e alcançou a menor marca em praticamente meio ano. A bolsa de valores oscilou entre altas e baixas, porém encerrou o dia praticamente inalterada, em uma jornada na qual as bolsas de Nova York sofreram desvalorização.
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (3) sendo negociado a R$ 5,629, com queda de R$ 0,07 (-1,23%). Com expressiva redução ao longo de todo o pregão, a cotação chegou a atingir R$ 5,59 por volta do meio-dia, mas voltou a superar os R$ 5,60 com a leve recuperação no exterior e com investidores aproveitando a baixa cotação para adquirir a moeda norte-americana.
Com o desempenho desta quinta, o dólar atinge sua menor cotação desde 14 de outubro, quando estava em R$ 5,58. A moeda acumula um declínio de 8,91% em 2025.


Mercado acionário
O mercado acionário brasileiro destoou das bolsas globais. Enquanto as bolsas da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos registraram quedas significativas nesta quinta-feira, o índice Ibovespa da B3 encerrou aos 131.141 pontos, com retração de apenas 0,04%. O indicador apresentou queda de 0,55% às 10h16, avançou 0,91% às 11h09 e permaneceu com pequenas variações negativas durante a tarde.
A imposição de tarifas extras de 10% para a América Latina, de 20% para a Europa e de 30%, em média, para a Ásia gerou incerteza no mercado global. O dólar sofreu desvalorização em âmbito mundial. Em contrapartida, o euro comercial registrou alta de 0,35%, encerrando em R$ 6,20.
As bolsas de valores sofreram expressiva desvalorização em praticamente todo o mundo. Em Nova York, o índice Dow Jones (das empresas industriais) declinou 3,98%. O Nasdaq (das empresas de tecnologia) teve queda de 5,97%. O S&P 500 (das 500 maiores empresas) recuou 4,84%, com a perspectiva de que as tarifas de Trump acarretarão impactos negativos para as empresas norte-americanas.
No Brasil e em algumas nações emergentes, contudo, as moedas locais se valorizaram. Prevaleceu a interpretação de que a sobretaxação de 10% para os produtos latino-americanos pelo governo de Donald Trump teve um impacto menor do que o antecipado. Isso contribuiu para atrair investimentos aos mercados emergentes.
*Informações provenientes da Agência Reuters
Fonte: Agência Brasil