O Produto Interno Bruto (PIB) relacionado à cadeia produtiva da soja juntamente com o biodiesel pode ter um crescimento de cerca de 11% até o ano de 2025, de acordo com análises realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em colaboração com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
Dessa forma, o Produto Interno Bruto (PIB) correspondente à cadeia produtiva da soja e do biodiesel tem a possibilidade de representar, no atual ano, 21,7% do PIB do setor agropecuário e significativos 6,4% do Produto Interno Bruto nacional.
O substancial aumento do Produto Interno Bruto relacionado à cadeia produtiva em 2025 está associado à colheita recorde no território nacional brasileiro (que pode atingir 169,7 milhões de toneladas, conforme informações da Abiove) e ao incremento no processamento da oleaginosa. Nos deparamos com um contexto favorável para o processamento da soja, com previsão de performance superior.
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Lula afirma que inimigos da democracia usam comércio como ferramenta de coerção e chantagemEsse desenvolvimento acompanha o incremento na mistura compulsória de biodiesel, que incluiu B14 e B15 a partir de 2024. A constante demanda por óleo também tem contribuído para manter a atividade industrial em níveis elevados.
A soja e o biodiesel nas dependências da propriedade rural
A expectativa é de um substancial crescimento de 24,11% no Produto Interno Bruto intra-propriedade e, na vertente agroindustrial, o avanço deve atingir 3,21%. O aumento reflete esse excelente desempenho a montante, com a volumosa produção do grão e as projeções de ampliação do processamento, levantamento do Cepea/Abiove demonstra que o Produto Interno Bruto dos agrosserviços também tem avançado com vigor: 8,24%. O segmento de insumos apresenta o maior incrimento mais moderado, de 3,17%.
Em relação aos valores, apesar da redução ao longo do primeiro trimestre de 2025, eles permaneceram acima dos níveis observados no mesmo período de 2024.
Especialistas do Cepea/Abiove ressaltam que, devido à expansão produtiva e ao aumento nos valores, a receita proveniente da cadeia produtiva da soja e do biodiesel deve aumentar após três anos de declínio – a estimativa atual aponta para um crescimento de 18,24%.
Avalia-se que o Produto Interno Bruto gerado por tonelada de soja produzida e processada poderá chegar a ser 4,4 vezes superior ao Produto Interno Bruto gerado pela soja produzida e exportada diretamente.
O mercado de empregos
No primeiro trimestre de 2025, o setor produtivo da soja e do biodiesel registrou um acréscimo de 7,46% no número de colaboradores em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 2,44 milhões de trabalhadores.
A participação do setor produtivo na economia brasileira (2,38%) e no segmento agropecuário (10,40%) aumentou em relação ao verificado em 2024.
De acordo com pesquisadores do Cepea/Abiove, devido ao aumento da área destinada à soja e ao crescente uso de tecnologia, houve um acréscimo de 5.971 colaboradores no segmento de insumos. Nas propriedades rurais, houve um aumento de 23.031 colaboradores, acompanhando a expansão da área e da produção do grão.
O comércio internacional da cadeia de soja
As exportações da cadeia totalizaram 27,91 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, com um aumento de 1,15% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o valor exportado diminuiu em 11,46%, atingindo US$ 11 bilhões nos primeiros três meses deste ano.
A redução na receita se deve aos preços mais baixos de exportação, refletindo a expectativa de uma safra global recorde em 2024/2025. No caso da soja em grão, a China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras. O volume enviado ao país asiático no primeiro trimestre deste ano cresceu 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em relação ao farelo de soja, a União Europeia e o Sudeste Asiático foram destinos significativos que impulsionaram o aumento dos volumes exportados. Quanto ao óleo, a Índia representa o principal mercado, recebendo 67,74% do total do derivado exportado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2025.
Fonte: Money Times
