A Instituição Financeira da América (BofA) diminuiu sua previsão para a taxa de aumento brasileira em 2025 de 5,4% para 5,0%. A análise vem após indícios mais evidentes de alívio em valores nacionais de alimentos, serviços e produtos industriais.
Para 2026 e 2027, as previsões também foram ajustadas de 4,5% para 4,0% e de 4,0% para 3,5%, respectivamente.
No mês de julho, a prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) aumentou 0,33%, com queda de 0,4% em alimentos em casa. Enquanto isso, a elevação nos preços de serviços subiu para 0,7% — a maior parte da surpresa veio das passagens para voos.


Os especialistas do banco destacam que, em alimentos, as proteínas podem contribuir para a redução dos preços no segmento no segundo semestre, juntamente com a abundância da colheita e o bom comportamento dos produtos perecíveis.
Já os valores de produtos industriais mostram indícios de desaceleração, pois a recente valorização da moeda impactou os preços de maneira mais óbvia. A inflação de serviços, por outro lado, começou a enfraquecer.
Por outro lado, a taxa de 50% sobre os produtos brasileiros, divulgada pelo líder dos Estados Unidos da América, Donald Trump, representa um “grande impacto externo”.
Apesar disso, os especialistas do banco acreditam que o aumento de preços deve continuar perdendo força a curto prazo, a menos que as pressões cambiais se agravem ou que ações retaliatórias se expandam para os produtos de consumo.
As possibilidades de elevação para o aumento de preços, de acordo com o BofA, envolvem a desvinculação prolongada das expectativas de aumento de preços, o IPCA elevado no setor de serviços devido a um mercado de trabalho ainda excessivamente aquecido e a desvalorização contínua da moeda, seja por questões fiscais internas ou pela incerteza global.
Fonte: Money Times