A Associação Nacional de Restaurantes, organização que representa o ramo de estabelecimentos de refeições nos Estados Unidos da América, fez um pedido à Casa Branca para que produtos como carne de bovino e café sejam dispensados das taxas adicionais.
O Brasil mantém presença sólida no mercado norte-americano com esses dois produtos, os quais não foram mencionados na lista de exceções divulgada pela Casa Branca na última quarta-feira (30). A taxa adicional de 40% entrará em vigor em 6 de agosto.
Por meio de uma carta enviada a Jamieson Greer, representante do Comércio, a associação destaca que impor taxas sobre alimentos e bebidas de nações como o Brasil pode afetar diretamente a cadeia de abastecimento do setor, que conta com esses ingredientes para manter cardápios acessíveis.


O comunicado ressalta que o aumento no valor da carne, já em níveis históricos, aumentaria ainda mais o custo de itens populares, como sanduíches e tortilhas, enquanto a taxa sobre o café afetaria outro item crucial para restaurantes e cafeterias.
A organização lembra que restaurantes operam com margens muito pequenas — em torno de 3% a 5% — e que elevações substanciais nos custos dos insumos podem resultar em cortes de itens no menu e ajustes nos preços para o consumidor.
Embora produtos similares do México e do Canadá estejam isentos de tarifas, a associação argumenta que alimentos e bebidas de outros mercados estratégicos também merecem tratamento equivalente.
Conforme a associação, a aplicação de uma taxa de 30% sobre produtos do México e do Canadá resultaria em um custo de US$ 15,16 bilhões para o setor.
O impacto para países fornecedores como o Brasil não foi calculado, porém a associação adverte que medidas semelhantes contra outros parceiros comerciais teriam consequências graves para o segmento.
Fonte: Money Times