Em uma situação positiva para o mercado, os Estados Unidos e a China firmaram um acordo preliminar sobre a questão das terras raras e dos ímãs chineses que seriam enviados para empresas dos EUA.
Os negociadores dos dois países confirmaram essa informação; agora é necessário que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping aprovem o projeto.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que ambas as partes estabeleceram um formato para implementar a redução das tarifas acordadas em Genebra. Nesse sentido, os chineses comprometeram-se a agilizar os embarques de terras raras — que são metais indispensáveis para empresas automobilísticas e de defesa dos EUA — ao passo que Washington diminuiria certos controles de exportação.


No entanto, houve pouco progresso nas discussões acerca do superávit comercial da China com os EUA e não há planos para novas reuniões. A possibilidade de uma ruptura entre as duas maiores economias mundiais ainda gera preocupações no mercado.
Além das relações internacionais, os investidores estão atentos aos indicadores. Notavelmente, o destaque fica por conta do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês) de maio nos EUA.
De acordo com as projeções do Investing.com, no referido mês, a elevação da inflação deverá reduzir de 0,3% para 0,2%; já no acumulado anual, a queda será de 2,4% para 2,3%. Na vertente sem os preços voláteis de energia e alimentos, a inflação mensal provavelmente será de 0,2% e a anual de 2,8%.
Apesar de não ser o indicador inflacionário preferido pelo Federal Reserve, tais números auxiliam os economistas a ajustarem suas expectativas acerca da trajetória dos preços e das próximas medidas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
Para a reunião da semana que vem (bem como para a do próximo mês), as previsões apontam para a manutenção da taxa de juros, conforme o monitor CME FedWatch. A autoridade monetária provavelmente só começará a flexibilização em setembro, apesar das pressões originadas da Casa Branca.
Os mercados asiáticos encerraram em alta com a notícia do acordo entre China e EUA. O mercado europeu também apresenta um desempenho positivo, enquanto os futuros de Wall Street seguem uma tendência contrária nesta manhã.
Petróleo
O petróleo está em ascensão vigorosa hoje (11), após a queda de ontem. Ontem, a commodity perdeu força após as projeções da EIA indicarem uma redução na produção doméstica de petróleo bruto nos EUA, em 2026, pela primeira vez desde 2021.
Criptomoedas
As criptomoedas têm desempenho misto nesta manhã. O bitcoin (BTC) opera na faixa dos US$ 109 mil, registrando uma queda de 0,2%. Enquanto o ethereum (ETH) sobe 2,7%, sendo negociado acima dos US$ 2.700.
Projeções para o Ibovespa
No cenário interno, há poucos indicadores econômicos sendo divulgados hoje. No âmbito político, a relação entre o Governo Federal e o Congresso permanece tensa, com o Ministério da Economia tentando aprovar as medidas compensatórias e a revisão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Ontem, o ministro Fernando Haddadteve duas reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar as propostas do Ministério da Fazenda e discutir os temas com os parlamentares.
A propósito de Haddad, hoje ele participa de uma audiência nas Comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, onde defenderá as medidas alternativas apresentadas no último domingo (8).
A atenção também está voltada para Gabriel Galípolo. O presidente do Banco Central tem um evento agendado, mas evitará abordar questões relacionadas à política monetária — os diretores do BC estão em período de silêncio em função da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá na semana que vem.
Ainda assim, qualquer afirmação de Galípolo será minuciosamente analisada, com o mercado em busca de indícios sobre a Selic. Ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) surpreendeu e aumentou 0,26% em maio — uma desaceleração em relação ao aumento de 0,43% registrado em abril.
Essa variação ficou aquém das expectativas do mercado, as quais apontavam para um crescimento de 0,34%, segundo a mediana das previsões coletadas pelo Money Times, e trouxe incertezas às últimas declarações cautelosas de Galípolo.
Ibovespa
No último dia de negociações, o Ibovespa (IBOV) encerrou aos 136.436,07 pontos, registrando um aumento de 0,54% e interrompendo a sequência de quatro dias de perdas.
Já o dólar à vista (USBRL) fechou as transações em R$ 5,5704, apresentando um avanço de 0,14% em relação ao real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, registrou um aumento de 0,97% no after-market de ontem, cotado a US$ 27,99.
Agenda: Veja o que está programado para hoje
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Morning Times: Confira a situação dos mercados nesta manhã de quarta-feira (11)
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado em funcionamento)
Wall Street (futuros de mercado)
Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times