O chefe Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (21) que a utilização do comércio global como “método de coerção e intimidação” é um ato de “oponentes da democracia”, em uma possível referência às práticas do presidente dos EUA, Donald Trump,, que recentemente comunicou uma taxa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
“A direita radical organizada internacionalmente propõe um novo acordo de Washington, ou melhor, discordância de Washington. Antidemocrático, negacionista e intervencionista”, expressou Lula em sua fala em encontro com a sociedade civil, durante uma reunião sobre a defesa da democracia, no Chile.
“Os opositores da democracia não apelam mais para a diplomacia militar. Eles dominam os algoritmos, disseminam o ódio e propagam o temor. Fomentam uma verdadeira batalha cultural. Utilizam o comércio como método de coerção e intimidação”, acrescentou.



Trump comunicou ao governo brasileiro a imposição de tarifas comerciais de 50% ao Brasil, apesar do país apresentar déficit comercial com os EUA. Na carta, Trump alegou que as tarifas seriam aplicadas, dentre outros motivos, pelo que descreveu como perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022.
Lula defendeu também a regulamentação das plataformas de redes sociais e das Big Techs, outro tópico mencionado por Trump em sua carta. Segundo o presidente brasileiro, as sociedades “estarão sob risco constante sem o controle das plataformas digitais e Big Techs”.
Fonte: Money Times